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domingo, 6 de junho de 2010

06* De novo em Porto Alegre

Porto Alegre Ano 4 # 1403

Uma vez mais retornado à Morada dos Afagos. Agora é uma linda manhã do primeiro domingo junino. Não posso dizer que chimarrear com a Gelsa é de matar saudades do “amargo’ pois em Rondônia a gauchada faz muito presente o chimarrão e os CTGs (Centros de Tradições Gaúchas).

Trago um sucinto relato de meu sábado de retorno. A Filomena, Valmor e eu deixamos o hotel às 8h. Ainda no hotel, recebi a visita do Vital – o Moisés da manhã de sexta-feira – que à noite também prestigiara com a esposa minha fala. Veio para ‘abençoar’ minha viagem. Depois de percorrermos 70 km da BR-364, vencendo comboios de carretas transportando soja do Mato Grosso e de Rondônia para o porto de Porto Velho chegamos à mina de Boa Esperança. Então, por mais de 1 hora recebemos aula do Francisco, um cearense que há anos é garimpeiro, acerca da extração da cassiterita – minério de estanho – que se esconde em volumes muito arenosos, onde a camada de solo com húmus tem uma espessura bem menor que 30 cm. A cassiterita nesta mina está misturada com columbita, minério do qual se pode obter tântalo e nióbio.

É realmente impressionante as toneladas de terra que precisam ser revolvidas para se obter alguns quilos de cassiterita e columbita. A extensa erosão promovida pela mineração é minimamente sanada com a transformação das imensas crateras abertas em lagoas usadas como criadouros de peixes. Foi muito bom acompanhar diferentes etapas do garimpo e também conhecer um pouco da rotina de homens e mulheres confinados em trabalho muito árduo. Algumas fotos ilustram a manhã de um não tão festejado ‘Dia do Meio Ambiente’.





Logo depois estávamos na rodovia onde o Valmor com habilidade venceu os 130 km restantes, agora com menos densidades de carretas. Em Porto Velho saboreamos ampla variedade de peixes do rio Madeira. Em seguida os atenciosos Filomena e Valmor deixam-me no aeroporto. Ali era esperado pelo Francisco de Assis Gomes Lima, um orientador educacional que na quinta-feira assistira minhas falas na UNIR. Por algum tempo conversamos acerca de nossas lides e vimos possibilidades de eu retornar à Porto Velho.

A volta foi fracionada em quatro segmentos marcados pelas escalas em Cuiabá, Campo Grande e Curitiba para terminar em Porto Alegre. Houve a vantagem de não ter estresse de atrasos (que não houve) que pudessem gerar perda de conexões, até porque não desci do imponente 737-800. Consegui amainar o cansaço dos dias rondonienses por temporárias dormidelas, interrompidas por barulhentas crianças, detentoras de incompetentes pais em educá-las. Cheguei no horário aprazado e já era domingo quando me reencontrei com a Gelsa.

Na proposta de blogadas dominicais mais amenas trago uma charge que traduz bem as relações criadas pelos espertos banqueiros.


Votos de muito bom domingo junino. Lemo-nos de novo amanhã. Até então.

Um comentário:

  1. JOSÉ CARNEIRO escreveu
    Caro amigo prof. Chassot:

    Acompanhei o seu périplo por Porto velho e Ariquemes, cidades onde estive pelos idos de 78/79, nas minhas andanças via Sudam. Mais uma vez percebe-se seu excelente preparo físico para tamanhos desafios, fisicos e intelectuais.
    Há um ditado popular muito citado em Castanhal que diz o seguinte: "quem dá o pique é a jornada". Ou seja, diante dos obstáculos a serem transpostos, o seu organismo e sua mente se preparam com antecedencia. Desculpe-me pela explicação do provérbio, saiu instintivamente. As fotos foram bem esclarecedoras. Benvindo a Porto Alegre e à Morada dos Afagos!

    Estou precisando de ajuda para um artigo que estou produzindo sobre os detentores do titutlo de Doutor Honoris Causa, conferidos pela UFPA. Minha pergunta: esse titulo honorifico é a chamada Palma Universitária? Ou esta Palma Universitária corresponde a uma premiação acima?
    Desculpe a chateação da pergunta e receba o meu abraço amigo, José Carneiro
    ATTICO CHASSOT respondeu
    Meu querido amigo José,
    quando andava por Rondônia mais de uma vez evoquei o amigo. Duas razões: era o sol e clima equatorial que para ti é diuturno que me abrasava e sabia, de outras narativas, que em antanho palmilhaste aquelas terra que agora se fazem revolutas no chão e nas almas.
    Obrigado pela citação da querida Castanhal. Às véspera de mais uma jornada verifico a sabedoria da mesmo.
    Acerca de teu pedido estou a cata,
    Um agradecimento pelas parcerias intelectuais,
    attico chassot

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