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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

24.- Cevando sonhos


Porto Alegre * Ano 5 # 1635

É bom inaugurar a última semana completa de janeiro falando em dois sonhos. O primeiro coletivo e segundo, muito pessoal.

O primeiro traz um anúncio que faz cevar sonhos: Eric Hobsbawm, talvez um dos maiores historiadores vivos, mesmo nonagenário está produtivo. Eis a notícia da Folha de S. Paulo de sábado com uma gostosa promessa:

Marx: o retorno: Aos 93 anos, Eric Hobsbawm volta às raízes e acaba de lançar "How to Change the World - Tales of Marx and Marxism" (Como Mudar o Mundo - Histórias sobre Marx e o Marxismo), coletânea de artigos sobre o filósofo alemão e inéditos ensaios sobre o mundo contemporâneo.

Em entrevista ao jornal inglês "Guardian", o historiador diz que a redescoberta do pensador em pleno período de crise capitalista "deve-se ao fato de que ele, em 1848, mais do que qualquer um, fez as previsões corretas do que aconteceria no mundo moderno". No Brasil, o livro está previsto para sair até o início de 2012, pela Companhia das Letras.

O historiador britânico Eric Hobsbawm nasceu no Egito, na cidade de Alexandria, em 9 de junho de 1917, e sua vasta obra trata de temas como banditismo social, mundos do trabalho,

jazz, temas ligados a reflexão política, econômica e cultural, teoria da história entre outras abordagens. Hobsbawm esteve algumas vezes no Brasil, ministrando palestras, aulas públicas como a realizada em Porto Alegre - RS, na Praça do Mercado Público, em 1992 que tive o privilégio de assistir. Varias vezes já foi assunto neste blogue e destas destaco em 19 de abril do ano passado: 19 * Hobsbawm, uma boa pedida para começar a semana que vale revisitar.

Se tivermos que esperar um ano pelo livro do Hobsbawm, há um sonho bem mais próximo. Neste fim de semana, a Gelsa e eu assistimos, mais vez, o filme Billy Elliot (2000) é o primeiro longa-metragem do diretor Stephen Daldry, que já produziu mais de cem peças teatrais na Inglaterra. Fizemos isto como preparação ao espetáculo que teremos oportunidade de assistir, na Broadway, na primeira semana de fevereiro: o musical homônimo.

Billy Elliot conta a história de um garoto de família humilde, que faz lutas de boxe, mas acaba se deparando, coincidentemente, com a dança. Ele se relaciona com ela de modo a enfrentar seu pai, com o apoio de sua professora. O filme quebra um tabu sobre a orientação sexual de bailarinos. Billy consegue fazer com que o pai o apoie e o ajude a alcançar o seu desejo (ser bailarino), passados alguns anos, Billy faz um espetáculo e o pai e o irmão vão vê-lo. O filme conta com trilha sonora bastante interessante, onde se pode destacar uma cena onde se ouve sugestivamente "Children of the Revolution", que vale a pena por si só.

Ficha técnica: Elenco Julie Walters — Mrs. Wilkinson / Jamie Bell — Billy Elliot / Jamie Draven — Tony Elliot (irmão) / Gary Lewis — Jackie Elliot (pai) / Jean Heywood — Avó / Stuart Wells — Michael / Nicola Blackwell — Debbie / Gênero: Drama / Tempo de Duração: 111 minutos / Ano de Lançamento (Inglaterra): 2000 / Direção: Stephen Daldry / Roteiro: Lee Hall / Produção: Greg Brenman e Jonathan Finn / Música: Stephen Warbeck / Direção de Fotografia: Brian Tufano / Desenho de Produção: Maria Djurkovic / Figurino: Stewart Meachem / Edição: John Wilson

Depois de tão apetitoso cardápio, só resta desejar a melhor segunda-feira a cada uma e cada um e prometer para manhã a presença do médico Dr. Google aqui. Vale alertar que é mesmo que tantas vezes se faz de professor.

4 comentários:

  1. Querido Chassot,
    O filme realmente é lindo. Agora fiquei com vontade de ver o musical!

    Quando vais pra NY?

    Abraços,
    Guy

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  2. Meu caro amigo Guy,
    realmente o filme é comovente. Penso que a parte de danças no musical devera ser emocionante.
    Tua sugestão do American Museum of Natural History é excelente. A parir de tua sugestão das borboletas vi também que há uma exposição acerca do cérebro.
    Viajo de Porto Alegre dia 2 e volto dia 11 de fevereiro.
    Tu segues em Miami?
    Curte o frio aí, que aqui a temperatura é senegalesa.
    Afagos

    attico chassot

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  3. Estimado amigo Chassot,

    fico em Atlanta até 15 de fevereiro.
    A exposição do cérebro também é fantástica.
    Aqui é bom porque não é frio demais. 10 graus no máximo e -5 no mínimo; Para padrões de EUA é bem "quente"... Só imagino o clima senegalês de Poa por isso fujo pra cá.
    Grande abraço,
    Guy

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  4. Muito querido Guy,
    estaremos a um tempo juntos em plagas estadunidenses.
    Há pouco quando postei o blogue desta quarta-feira, vi uma conexão de Atlanta e inferi que fosses tu.
    Acertei. Sinto-me honrado que aí me homenageias com a visitação ao blogue;
    Um afago com admiração
    attico chassot

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