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domingo, 6 de fevereiro de 2011

06.- Um pouco de um sábado nova-iorquino

Nova York 3 Sunday * Ano 5 # 1646

Esta blogada – que tenta manter a tradição das domingueiras – quer ser breve. Como, por diferenças de fuso horário, é postada quando o domingo já vai avançado para a maioria dos leitores brasileiros, ela inicia com votos de que o primeiro domingo de fevereiro – que sabemos quente – seja frutuoso.

O sábado, que pretendo contar um pouco, teve um constante

chuviscar, o que para fazer turismo é menos bom em qualquer cidade do mundo. As duas fotos mostram NYC com chuva, muita neve e muito lixo por recolher. Elas foram tomadas antes das 05 p.m. Aqui não se usa referir as horas pelo sistema de 24 horas.

Às 10 a.m. quando abria a The New York Public Library,a Gelsa e eu já estávamos no imponente Edifício Stephen Allen Schwarzman, para nos juntar a muitas pessoas que se deslumbravam com uma das mais ricas exposições que já assisti : Three Faiths: Judaism, Christianity. Em minha vida já tive o privilégio de te visto muitas exposições. Mas ter estado na Três fés: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo foi algo muito emocionante. Mesmo que tivesse dons especiais, não poderia aqui contar do muito que vi. Permito-me remeter meus leitores a conhecer um pouco mais em: www.nypl.org/events/exhibitions/three-faiths-judaism-christianity-islam.

Desafio-me a comentários em duas dimensões: a primeira, a riqueza material da exposição e a outra na dimensão sociocultural, marcada pelo chamado à tolerância.

A exposição reúne centenas de livros, miniaturas, gravuras, rolos alguns dos séculos 14 e 15, como a bíblia de Gutemberg. Há nesta dimensão obras raras trazidas de museus e de colecionadores privados de diferentes partes do mundo. Fica-se extasiado na contemplação destas preciosidades. Torás, evangelhos e corães preciosos e históricos nos deslumbram. Há mesmos livros em hebraico, aramaico, grego e latim. Também há exemplares em diferentes idiomas, que foram surgindo quando das expansões das três religiões para outros povos.

A exposição tem como co-patrocinadoras a Stravos Niarchos Foundation e a The Coexist Foundation - www.coexistfoundation.net/ – uma organização que afirma trabalhar para promover o entendimento e o respeito entre Judeus, Cristãos e Muçulmanos através da educação, do diálogo e da pesquisa. O fio condutor da exposição são quatro categorias em que, segundo os curadores, há elementos comuns entre as três religiões: o monoteísmo, a descendência de Abraão, a revelação e as escrituras. O painel de encerramento da exposição menciona que os mais de quatro bilhões de praticantes de hoje dessas três religiões – e nesse numero estaria se cumprindo a promessa de Deus a Abraão – têm suas raízes nos muitos ontens vividos e em inumeráveis amanhãs.

À noite fizemos uma tríplice programação, dadivosamente acompanhados pela Marilyn, nossa cicerone de arte em NYC. Uma vez mais fruímos de seus conhecimentos, que ela obsequia com carinho.

Primeiro estivemos no Cooper Hewitt National Design Museum, com sua museum shop que já é uma exposição por si só. Ali se pode ver, por exemplo, objetos que foram de nosso cotidiano no ‘velho século 20’, hoje já peças de museu. Ganhei da Gelsa um artístico metro de carpinteiro, que mostra, na linha do tempo um resumo dois mil anos de história.

No segundo momento, repetimos uma visita que fizéramos em 2005: fomos ao majestoso museu Guggenheim. Este é o meu segundo Guggenheim, pois ainda recordo a visita que fiz ao de Bilbao, em 2002. Só a visitação do prédio vale a visita. Este edifício é considerado a obra prima do estadunidense Frank Lloyd Wright (1867 — 1959), um arquiteto, escritor e educador de ascendência galesa. Ontem estava em exibição uma parte da coleção permanente do museu, com obras de artistas do período 1900-1918, entre os quais vimos muitos de nossos preferidos: Chagal, Kandinsky (como uma sala especial de sua participação na Bauhaus 1922-1933), Picasso, Matisse...

No terceiro momento, jantamos com a Marilyn em um restaurante italiano. Se diz que em Nova York há mais restaurantes italianos que em Roma. Estávamos no subway quando no Brasil começava o domingo.

Amanhã certamente comentarei aqui a nossa ida a Broadway para assistir Billy Elliot. Agradeço a Gelsa, hoje, parceira desta edição. Até então.

2 comentários:

  1. meu doce amigo
    como vc está chic... morando ou apenas passeando um bocadinho nesta grande NY?
    parabéns pelo blog e coisas bonitas -- vc continua um talentoso escritor q cativa almas!
    beijo de cuiabá -- o brasil sente suas saudades!
    *

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  2. Muito querida Michele,
    são apenas oito dias nesta mega cidade, ícone do capitalismo.
    Afagos com saudades
    attico chassot

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