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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

28.- ACERCA DE UMA CERCA DE OUTDOORS

ANO
 9
A R A C A J U – S E
EDIÇÃO
 2971

Mesmo que na portada haja referência à postagem em Aracaju, quando a maior parte dos leitores acessar esta edição já estarei de retorno adiantado.  Deixo a capital do menor estado brasileiro às 02h43min (hora local) para chegar a Viracopos às 06h28min. Daí parto às 07h53min para uma provável chegada em Porto Alegre às 09h54min. Encanta-me essas previsões tão precisas, usualmente não cumpridas.
Ainda hoje tenho três pontos de agenda. Dois são continuação de atividades quinzenais no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. Às 13h30min com Norberto Garin e Ricardo Pavani encerro uma a oficina de escrita: A arte do escrever Ciência com Arte. Vamos discutir ‘a lição de casa’: redigir uma resenha crítica acerca do manifesto da Sociedade de Genética acerca de Ciência e Criacionismo. À noite, então com a parceria do Garin e da Marlis Morosini Polidori, vamos ter uma segunda rodada de discussões acerca as incertezas na Ciência a partir das revoluções científicas.
No interregno das duas ações recebo cinco colegas professores da Universidade Federal do Mato Grosso — Elane Chaveiro Soares, Marcel Thiago Damasceno Ribeiro, Jaqueline Aparecida dos Santos, Donizete Carnelo Louzada e Gerti Lucia Theisen — em uma jornada de estudos em Porto Alegre e me distinguiram colocar em suas agendas.
Na tarde de ontem em Aracaju fui gratificado por ter vencido a sensação de desconforto que conferência de quarta me provocou por problemas solares no auditório. A palestra “Uma prática indisciplinar: Saberes primevos, fazendo-se saberes escolares, mediados por saberes acadêmicos” teve outro cenário. Saiu tudo muito bem.
Um significativo momento de turismo ontem foi a visita ao centenário mercado de Aracaju. Fui conduzido pela Marilene — é muito grato ver uma ex-aluna do mestrado na Unisinos, professora doutora de uma universidade federal —. No mercado comprei farinha de mandioca, feijão de corda e pimenta em conserva. Do mercado levo ainda castanhas de caju, enviadas pela Marilene à Gelsa, sua orientadora de mestrado. Marilene e eu, almoçamos no Mercado, aonde a atração era as sobremesas, com a companhia da Edineia e Gicélia.
Quando nos sentimos alienígenas em outra cidade surgem logo detalhes que nos alertam. Nas andanças (aeroporto, hotel, Campus da UFS em São Cristóvão) fui despertado para o grande número de diferentes outdoors vendendo Educação Básica. É impressionante o número de escolas privadas anunciando seu produto a clientes fidelizados durante 2+9+3 anos. Esse produto acena com a garantia de uma universidade pública de qualidade durante cinco anos.
Segundo ouvi a Escola de Educação Básica pública (municipal e estadual) é apresentada como sucateada e em descrédito.  Isto faz aflorar escolas particulares que prometem formar cientistas desde a educação infantil. Claro que alardeiam a garantia de acesso ao limbo da universidade pública. Aliás, aqui o ensino universitário privado nem se assemelha a voracidade da escola privada.
Agora, sonhar com voltar a Aracaju, atendendo indicações como a realizada pela Leilane, para esta jornada pibidiana. Já recebi acenos de convites.

Um comentário:

  1. Acerca da "black friday" da educação tenho uma posição muito firme sobre o tema. Sempre estudei em escolas públicas, salvo agora depois de velho quando curso direito como hoby. Lembro-me que no ginasial dava francês, inglês, música, religião além da famosa ospb, organização social e política brasileira, essa uma cartilha imposta pela ditadura. Sempre passei por média e nunca fui para VF. Eduquei meus filhos no mesmo vies, hoje um engenheiro da rede Globo, e a outra engenheira ambiental pela UFF (forma nesse final de ano).
    O que digo com isso tudo? Muito simples, a escola particular antes de tudo é uma empresa, onde o aluno, leia-se o pai do aluno, é o cliente, e pela boa prática de mercado, o cliente sempre tem razão. Com isso a escola sempre vai dizer ao pai do estafermo o que ele queria ouvir como por exemplo: Fulaninho é muito inteligente, um pouco de dificuldade (o desgraçado não sabe nem ler) mas vai muito bem. Conclusão, temos salas de terceiro grau repletas de analfabetos funcionais. Já no serviço público, não tem conversa, não estudou não passou!

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