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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

27.- Sobre um Danúbio (dito) azul


ANO
 10
Ainda em Budapeste / Hungria
EDIÇÃO
 3130
Por uma questão técnica a edição 3125 (sexta, 15 jan) foi, momentaneamente, retirada de circulação. Peço escusas.

Nas duas últimas postagens (sexta e segunda, 22 e 25) trouxe relatos dos meus primeiros cinco dias em Budapest; hoje posto um relato de mais dois dias: a segunda e a terça feiras, dias 25 e 26.
A primeira observação é um comentário, ante ao continuado tempo desagradável — e sou comedido na adjetivação — como deve ser esta cidade e qualquer outra de clima inclemente, na primavera ou no outono. Tivemos repetidas alterações de nossos programas devido a chuva e a neve. Mesmos aqueles realizados sob o tempo menos agradável ficam prejudicados. Se aqui for local de inspiração para organizar viagens, um conselho: evite vir aqui no rigor do inverno.
A segunda-feira começou com temperaturas muito baixas (-5ºC). A síntese do dia poderia ser sobre/sob as pontes do Danúbio (não tão) azul. As pontes que conectam Buda e Peste. O Danúbio está, há muito, em nosso imaginário. Primeiro, quando estudávamos os rios da Europa e depois quando ouvíamos, a primeira vez, falar em valsas, e dentre estas, ainda, aflora a sonoridade rodopiante de Danúbio azul de Strauss.
Permito-me justificar o mote dado a segunda-feira. Pela manhã continuamos a usufruir do tour que referi na postagem anterior. Em ônibus panorâmico, percorremos em duas horas, vinte pontos de Peste e de Buda. A neve e o contínuo chuviscar não convidavam a deixar o ônibus aquecido nas diferentes paradas. Comtemplávamos os lindos prédios, os muitos palácios, as lindas igrejas, as imponentes estatuas de heroicos magiares (parece que não houve na história do país mulheres dignas de ter estátuas) e diversas praças e jardins com árvores nuas, pois o inverno não se engalana com folhas e flores. Claro que a cidade deverá ser muito diferente na próxima primavera. Mais de uma vez atravessamos pontes que ligam Peste e Buda e se contatou de novo o quanto a primeira é plana e a segunda escarpada e o quanto ambas são muito lindas.
À noite, fizemos algo diferente. Um passeio de barco (parte do pacote que referi na postagem anterior) sobre o Danúbio e, é claro, sob suas lindas pontes. As 16h30min já estávamos no barco e já escurecia. Às 17 h, quando iniciamos a navegação era noite cerrada. Durante maravilhosa uma hora contemplamos Peste e Buda lindamente iluminadas. As pontes, à noite, oferecem um espetáculo muito bonito e diferenciado do dia.
A Wikipédia informa: Rio Danúbio, que divide a cidade de Budapeste ao meio, é o segundo mais longo rio da Europa, atrás apenas do Rio Volga, na Rússia. Com aproximadamente 2,8 mil km, o Danúbio tem sua nascente na Floresta Negra da Alemanha e atravessa o continente de oeste a leste, passando pela Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia e Bulgária, até desaguar no Mar Negro, na Romênia.
Na capital da Hungria há nove pontes atravessando o Danúbio. Sete delas são liberadas para o tráfego de veículos e pedestres, enquanto as outras duas são exclusivamente para trens. As pontes fazem parte do cenário e da história da cidade. As três mais antigas e também as mais conhecidas estão localizadas na região central da cidade: a Ponte das Cadeias (na foto), a Ponte Elizabeth e a Ponte da Liberdade. Todas elas foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial e tiveram que ser reconstruídas.
Na terça-feira o destaque vai para o Museu Ludwig de Arte Contemporânea que coleciona arte internacional e húngara, e exibe obras de arte a partir dos últimos 50 anos que foram recolhidos por Peter e Irene Ludwig. A intenção era fazer o Oriente mais próximo do Ocidente através da arte. A doação de 70 peças contemporâneas é a base da coleção de Ludwig. Nestas há obras de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claesldenburg e Jasper Johns, bem como obras significativas do hiper-realismo.
Passamos algumas horas da manhã/tarde nesse museu vendo obras e assistindo filmes como nunca tínhamos visto algo parecido.
Todavia o mais original foram nossas tentativas de chegar ao Museu Ludwig. Neste ponto, a aquisição de passagens para o tram foi algo quase cômico. O nosso analfabetismo em húngaro ensejou situações nada triviais. Nós e outro casal de turistas estivemos por quase meia hora diante de uma máquina quase abestalhados. Veio então um jovem estudante e em frações de minutos resolveu nosso problema.
À noite fizemos pela primeira vez em 10 dias, saímos à rua com temperatura positiva (+2ºC). Faz diferença.
Anuncio para a edição de sexta-feira uma despedida de Budapeste. Leremo-nos, então, uma vez mais. 

3 comentários:

  1. Mestre, confesso minha curiosidade em saber como estes povos tratam seus educadores, principalmente da Educação Básica. Claro que não devem ser "tão valorizados", em todos os sentidos, quanto no Brasil. Grato pela oportuna carona virtual.

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  2. Meu caríssimo Vanderlei!
    Se há algo que o comunismo deixa saudades aqui é a Saúde e a Educação

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  3. Pelo comentário, os resquícios do dito regime já enche de inveja.

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