TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

terça-feira, 12 de abril de 2016

12.— 7ª EDIÇÃO DO ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3153
Desde ontem circula a 7ª edição do Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação. No final de 2015, recebi uma mensagem, tendo como assunto: livro esgotado! Era do Joel Corso, Editor-adjunto da Editora Unijuí. Dizia: Professor Attico, é uma grande alegria comunicar que o livro Alfabetização Cientifica encontra-se praticamente esgotado. Vibrei. Em outra mensagem, uma recomendação difícil: Sugiro que o livro seja reduzido, pois nossos custos estão muito elevados. Não era a primeira vez que recebia tal sugestão.
Quando em 2014 escrevi a abertura da sexta edição deste livro, comentei que há quatro anos, com a 5ª edição — celebração dos dez anos do livro —, ocorrera redução no número de páginas: 72 páginas a menos. À época, falava das várias ablações feitas (como de dois capítulos inteiros: ‘Plugados e desplugados’ e ‘A farsa Sokal’). Não sem dificuldades, anuncio nesta 7ª edição a supressão de mais um capítulo: ‘Islamismo: vencendo [pré]conceitos’. Nas quatro primeiras edições este capitulo tinha 53 páginas, a partir da 5ª passou para 31 páginas; agora é totalmente supresso.
O assunto perdeu importância, para tal supressão? Exatamente o contrário. O islamismo aumentou, em muito, a importância, especialmente, no mundo dito cristão. Então, os preconceitos foram vencidos? Lamentavelmente, não. São ainda mais significativos, que quando escrevi o livro no ocaso do 2º milênio. Então não se falava, por exemplo, de maneira tão preconceituosa na islamização da Europa. Também, não lembro que se recordava, então como hoje, o não cumprimento por potências, como a França e o Reino Unido, de acordos em que eram assegurados territórios aos palestinos, prometido em tratados no entre as duas guerras mundiais.
O assunto, agora, é muito mais importante que então, e por tal não comporta considerações aligeiradas em algumas poucas páginas. O islamismo é hoje a religião que mais cresce no mundo com cerca de 1,5 bilhão de fiéis. Os cristãos são cerca de 2 bilhões, dos quais cerca da metade católicos. Só estes números serviriam para justificar um livro (e há deles em profusão!) e não um capítulo superficial. Poderia recordar que quando das edições anteriores, não se falava em Estado Islâmico. Aliás, o 11 de Setembro de 2001, que dividiu o mundo em duas eras muito distintas, só ocorreu quando da segunda edição.
Talvez devesse dizer, para me absolver da supressão do então capítulo 13: quando escrevi este livro, ainda não existia a Wikipédia. Lançada em 15 de janeiro de 2001, é talvez a maior produção solidária do Planeta, com cerca de 30 milhões de artigos (dos quais quase 1 milhão em Português) em 277 idiomas. Eu, como muitos no mundo inteiro, divido o meu envolvimento com a produção do conhecimento em aW/dW (antes da Wikipédia/ depois da Wikipédia). Assim, espero que a supressão esteja justificada.
Na abertura da nova edição canto loas ao livro suporte papel. Minha defesa do livro não tem um tom saudosista. (Como é bom sentir o aroma quase sensual de estar com um livro em uma rede!) Defendo ‘a qualidade da leitura’. É complexo fazer adjetivações. Aceito que esteja laborando em preconceitos. A leitura em suporte papel parece introspectiva e densa; em oposição a uma leitura em suporte eletrônico que se afigura como volátil e ligeira, marcada pela já caracterizada rapidação. Uma soa como especulativa ou reflexiva; outra, volátil ou grácil.
Nesta edição, como nas seis primeiras, há uma informação: Os direitos autorais desta edição destinam-se ao Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Reconheço que eu não sou autor da maioria do que escrevo neste livro. Aprendi muito com meu trabalho junto ao MST. Portanto, tenho orgulho de com que este livro colaborar, mesmo que minimamente, na revolução social catalisada por homens e mulheres que lutam pela Terra e por Educação. Assim, os meus direitos de autor desta edição são para colaborar com a alfabetização científica dos alunos e alunas das escolas de assentamentos e acampamentos.
O livro traz uma novidade que não apenas formal. Ele migra da ‘Coleção Educação Química’ para ‘Coleção Educação em Ciências’. Esperando que cada um dos exemplares desta sétima edição intensifique novas rodadas de frutuosos diálogos neste admirável binômio escritaDleitura. Leitora ou leitor, aguardo tua parte. Trocar experiências é preciso. Uma boa leitura a cada uma e cada um.



Um comentário:

  1. O título "Alfabetização Científica" já sugere a curiosidade intelectual pelas expressões. Quando se lê a informação da contribuição social sobre os "direitos autorais", então é perceptível a riqueza do trabalho que já avança na 7ª edição. Como não admirá-lo ???

    ResponderExcluir