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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

09.- Novembro, azul


Ano
 11
Em www.professorchassot.pro.br Livraria Virtual está
Das disciplinas à indisciplina
EDIÇÃO
 3225

Há alguns dias, Márcia Honesko, minha sempre atenta personal-training inquiriu-me: Porque não fazes um blogue acerca do Novembro Azul? Poderias narrar tua experiência em conviver e sobreviver a um câncer de próstata foi o argumento que se seguiu a sua interrogação.
Em novembro de 1999, quando as flores da celebração de meu tornar-se sessentinha ainda não haviam fenecido, tive o diagnóstico de câncer de próstata. Fiz, então, uma escritoterapia. Produzi Uma rapsódia prostática, um livro de 160 páginas, entre novembro de 1999 e fevereiro de 2000, antes e depois de uma cirurgia para extirpação de um câncer.
Este texto inédito esteve prestes a ser editado por uma editora comercial em selo acerca de relato de doenças. Como tal não ocorreu, disponibilizo edição eletrônica lida (ou pelo menos remetida) a dezenas de leitores, inclusive na Dinamarca e nos Estados Unidos. Há mais de um depoimento acerca da significação de sua leitura tanto para homens quanto para companheiras de atingidos por uma das modalidades de câncer que mais leva à morte. Ainda em fevereiro de 2010, o Dr. Alfredo Zoppas, cirurgião que me operou, disse-me que já emprestou seu exemplar a mais de um paciente.
ATENÇÃO: Este texto não é de medicina e mesmos as incursões feitas, então, na área estão desatualizados, pois em quase duas décadac houve um muito grande avanço terápico. A leitura deve ser pensada como uma escritoterapia do autor.
 No Das disciplinas à indisciplina, o primeiro capítulo é acerca de óculos para olhar o mundo. Trago, então, comentário muito pessoal acerca de uma de minhas vivências com o pensamento mágico. Quando tive um câncer, por ser natural, ‘agarrei-me a todas alternativas em busca de cura’. Uma delas, a leitura do livro: Câncer tem cura, do frei Romano Zago. A babosa era uma alternativa miraculosa apresentada pelo franciscano.
 Li, reli, tresli partes do livro. Enchia-me de esperança. Passei a tomar um preparado de babosa. Carregava as poções para tomar quando fora de casa. A babosa haveria de curar-me. Enxergava o caranguejo do câncer (do zodíaco) sequestrando (minha formação em Química explicava que ocorria uma quelação) a babosa e, o caranguejo morrendo. Havia relatos de portadores da doença maldita em estado muito avançado que se diziam miraculosamente salvos pela babosa. Com pensamento mágico, fantasiava que a babosa era aprisionada pelo caranguejo (câncer) e ele que, por isso, morria. Por que eu, que supunha ter apenas um cancerzinho inicial, não poderia ser curado? Fiz, todavia, uma cirurgia radical e nesta se verificou que, diferente de meus sonhos a babosa não havia curado o meu câncer. A Ciência foi mais eficiente que o pensamento mágico. Por tal, há mais de 15 anos sou um câncer-free.
Aqui renovo a oferta aos interessados o livro: Rapsódia prostática. Basta enviar-me um correio eletrônico (não serve Whatsapp) e eu envio, sem qualquer custo, um exemplar do livro. Esta é uma de minhas adesões ao muito importante Novembro Azul.

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