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quarta-feira, 8 de março de 2017

08 — Às mulheres, com admiração

ANO
 11
um muito venturoso 
Dia Internacional da Mulher.
EDIÇÃO
3274


É um 8 de março significativo. Dia Internacional da Mulher. Estou em extensa viagem: Porto Alegre / São Paulo / Belém. Não sei se dormi. Diferentemente de um ônibus, onde durmo de verdade, em avião parece que sonambulizo.

Queria escrever algo às mulheres pela data. É indiscutível o mérito delas. Amealho lembranças e nelas as mulheres surgem fortes.
Há não muito (era ainda madrugada quando saí de casa), olhava Vênus, magnífico e quase solitário, sendo de vez em vez ocultado por nuvens. Mas ele parecia ressurgir mais brilhante. Lembro de minha mãe. Ela foi / é / será minha estrela d'alva — o meu preferido Planeta Vênus. Lembrei de minhas duas avós. Retorna a sensação, que por terem partido há muito, eu as pouco fruí. Lembro-lhes a sabedoria. Suas imagens são substituídas pelas de minhas duas queridas irmãs. Ainda hoje elas me acarinham. Uma se parece com minha vó materna e outra com minha vó paterna. Mendel sabia das coisas.

No Boulevard por onde passeio minha vida estão em destaque minhas duas filhas que acalentei sedentas por histórias. Elas se transmutaram de meninas em mães zelosas. Como a maternidade as fez grandes. Na Ana Lúcia e na Clarissa evoco a mãe delas e viajo há um tempo em que se dizia que o amor era cego, mas que sabia ser bonito. A minhas filhas juntam-se outras duas mulheres muito especiais: minhas duas noras, que são presentes por quem tenho gratidão. Sou privilegiado com uma parentela muito querida traduzidas por minhas cunhadas e nestas adito aquelas que ganhei no recasamento. Evoco duas muito especiais: a Lizane e a Jane; elas estão aqui marcadas por saudades, embaladas por frutuosas lembranças.

Neste dia de celebrações dentre uma dezena de netos, encanta-me referir a minhas quatro netas: Maria Antônia, Maria Clara, Carolina e Betânia. Elas estão na dedicatória em A Ciência é Masculina? prognosticadas como "mulheres de novos tempos".

No mesmo texto confiro a Gelsa o meu continuado reconhecimento pois "com seu fazer acadêmico ajuda a chegada de novos tempos". Escrevi em um outro ofertório (e ratifico aqui): “À Gelsa, sempre um maravilhoso catalisador — com quem partilho, também, uma continuada parceria intelectual. Há para mim continuados desafios, devido à reconhecida estatura intelectual de minha companheira. As passadas de gigantes são exigentes para acompanhar na feitura de caminhos”.

Nesta evocação que poderia ser titulada 'as mulheres de minha vida' o destaque para a Gelsa, que há trinta anos, redirecionou minha história. Uma companheira de vida que também faz parceria nos fazeres acadêmicos é algo muito especial.
Ela não apenas agraciou-me com a Laura e com a Júlia que na minha constelação familiar prefiro-as com nominação em inglês 'stepdaughters' à usual palavra em português, que desde a história da Branca de Neve de minha infância tem ressaibo áspero. No meu ser da Gelsa sou enriquecido com outras mulheres de seu clã; estas são personalizadas por outra estrela de primeira grandeza: a Liba, minha sogra que com sua maravilhosa sabedoria de seus 95,5 anos a cada dia me faz espraiar continuada admiração.

Há algumas profissionais, que devido o meu acumular anos, estão mais atentas ao meu cotidiano: há personal trainer e fisioterapeutas; há a Rose, um factótum.
Há um nome especial para aditar nesta litania de mulheres. Celina Sá Fortes, que 70 anos, foi a minha primeira professora, no Grupo Escolar Marcelo Gama, em Estação Jacuí, lugarejo onde nasci, hoje pertencente ao município de Restinga Seca. Na professora Celina homenageio todas as mulheres que foram minhas professoras em minha já extensa trajetória de aprendente. Há minhas colegas de profissão sempre atenciosas, as mestras e doutoras que orientei e uma legião de ex-alunas que de vez em vez reencontro com sumarentas gratificações.

Referi algumas, faltam outras tantas mais; esquecidas... talvez. Para cada uma e para cerca de 50% da metade da população do Planeta desejo um muito venturoso Dia Internacional da Mulher.

2 comentários:

  1. Querido amigo Chassot! Permita-me aproveitar deste teu espaço e compartilhar com os leitores algumas linhas homenageando, para além dos tempos, as mulheres:

    MULHER

    Quem dera fosse eu poeta...
    Eta, brilho bonito a reluzir na imagem feminina!
    Ela, que desde menina, rima
    Faz tantos versos, diversos dizem.
    Mas, eu cá comigo, me esqueço da sua graça
    E só penso no meu umbigo.
    Às vezes, por receio ou medo
    Eu me esfrego em pensamentos para entendê-la.
    Já me disseram: - é impossível!
    Agora que começo a aprender, descubro
    Posso fazer.
    E como será?
    Por muitas eras, sem concorrer com o Divino.
    Porque se posso amá-la do meu jeito
    Aproximando-me do seu
    Deus pode fazê-lo do jeito que ela é,
    Afinal foi Ele quem a fez, do jeito Seu.

    Abração!

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  2. Poeta amigo!
    este espaço é também teu para poetares bonitamente.
    Te aquerencia aqui,
    um abraço desde Belém, a terra das mangueiras

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