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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

29.- Quem ainda pode ser contra as cotas?


ANO
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EDIÇÃO
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Esta é a última edição do ano. Anuncio: não vou fazer balanço. Chega. Até antecipei o esboço de um, na edição do dia 15. Acredito que (quase) cansamos de dizer que em 2017 ratificamos um credo: os que idealizaram, ao iniciar o segundo mandato da presidente Dilma, a proposta de ‘construir uma ponte para o futuro’ são golpistas e corruptos.
Descrendo do ‘oba, oba’ do presidente da República que na sua mensagem natalina mostrou que vivemos em um Planeta que só ele conhece, trago alguns dados do Brasil do terceiro milênio que não credito no seu conjunto ao atual governo.
O país tinha 11,8 milhões de analfabetos no ano de 2016, divulgou o IBGE na quinta-feira (21/12/2017). O número representa 7,2% da população de 15 anos ou mais. A taxa entre pretos e pardos é de 9,9%, mais de que o dobro da de pessoas brancas (4,2%).
Os dados fazem parte do módulo de educação da PNAD Contínua, pesquisa domiciliar que abrange todo o território nacional. O IBGE compilou novos dados e ampliou a área de cobertura em relação às pesquisas anteriores sobre analfabetismo. Não há ainda série de comparação.
A investigação por raça ou cor é inédita e mostra que brancos têm mais acesso à educação no país do que negros. Populações mais velhas têm maior contingente de analfabetos. A taxa de analfabetismo de pessoas com 60 anos ou mais é a mais alta do país, de 20,4%, ou 6,07 milhões de pessoas.
A diferença racial também está presente nas faixas de idade mais avançadas. Entre pretos e pardos nessa faixa, 30,7% são analfabetos. O mesmo indicador para brancos chega a 11,7% da população.
O contingente maior de analfabetos nas camadas mais velhas da população remonta deficiências de alfabetização no século passado. Já a diferença de acesso entre brancos e negros é explicada pelo fato de haver mais negros vivendo em áreas carentes do país.
Depois desta notícia alguém pode ser contra as cotas? Impossível!
Renovo meus votos de que tenhamos no novo ano que se avizinha a energia e a garra dos 18. Também, ardentes votos que no novo ano mais pessoas possam (nos) ler. Uma alegre transição 2017/2018. 

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

22.- Mais uma vez é Natal


ANO
 12
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EDIÇÃO
3330



Sim... é mais uma vez Natal. Mas a cada ano ele muda tanto. Sei que somos nós que mudamos. Claro que há um tempo eu não diria que “a fé não dá respostas, só impede perguntas!” Porém, para crente ou incréu há muitas modificações.
A noite de 24 de dezembro era uma noite muito especial. Passava-se o dia montando o presépio, que ocupava a metade da sala. A árvore ou pinheirinho não era muito valorizado. Ele era colocado numa lata de transportar querosene, com água à qual se adicionava um comprimido de ‘melhoral’, se dizendo então, que com tal prática a árvore ficaria viçosa até o dia de Reis, 6 de janeiro, dia de desmontar o presépio;
Na montagem do presépio se procurava reproduzir a Belém de nossas fantasias, onde havia além de lagos (uma gamela com água ou um espelho), igrejas cristãs, fogueira e céu estrelado. Havia angolistas que moviam o pescoço que eram muito maiores que boi que com seu hálito quente aquecia a manjedoura onde estava o menino Jesus. Só os mais velhos – e eu era o mais velho dos filhos – podiam se envolver na montagem do presépio.
A ilustração desta edição é a representação de um artesanal presépio produzido por indígenas mexicanos, adquirido em 2007, quando estive em um congresso em Queretaro, MEX e desde então faz parte da decoração da sala principal da Morada dos Afagos. É muito provável que não exista data que amealhe evocações de tantas (des)ilusões como a noite de hoje. Estas embalaram (e se esboroaram), não raro, na história na cristandade data mais aguardada do ano na maioria de meus leitores.
Elas podem ser desde a ameaça de uma varada do Papai-noel por desafinar (situação comum a maioria dos canoros) a ‘Noite Feliz’ em alemão (Stille Nacht! Heilige Nacht!) até ver a sonhada Monark azul embaixo da árvore (mesmo sabendo que o presente seria compartido com mais três irmãos, onde havia um que se adonaria, pois era aquele que sabia andar sozinho). Há muito a evocar, mas talvez, por ora é melhor embalar silêncios.
Assim a blogada de hoje se faz silente para deixar aflorar lembranças e sonhar que estas tragam alegrias para a noite do dia 24. Nela crentes ou não crentes no mistério de um Deus se fazendo homem repetem emocionados aquele que também é o meu desejo para cada leitora ou leitor:
FELIZ NATAL

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

15.- Já com sabor de balanço


ANO
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Há que cuidar não sermos repetitivos. Como o ano passou ligeiro (aliás, isso não é tão verdade assim... quando os tempos são temerosos!) ou senso comum do tipo: dezembro é o mês mais curto do ano... 2017 se esvai e, queiramos ou não é momento de olhá-lo antes que se torne ano passado1
Esta saudade esteirou olhar um pouco mais neste temeroso 2017, uma parte de meu fazer acadêmico: o meu andarilhar disseminando alfabetização científica. O jornalista e sociólogo José Carneiro, professor aposentado da UFPA em uma de suas crônicas semanais, publicada em 25 de maio de 2014, em O Liberal, jornal líder em circulação no estado do Pará, fez assomar minha imodéstia ao me tornar o personagem-título de seu texto ‘o Missionário da Ciência’. Emoção similar também me ofereceu o colega Carlos Correia, do IFRO, ao igualar essas ações pós-modernas ao profetizar narrado no Antigo Testamento.
O número de falas (palestras, mesas-redondas, minicursos, aulas-magnas) em 2017 foi de 50, isto é significativamente menor que 2016, quando este número foi 64 ou 75 em 2015. Este ano, devido aos continuados cortes na Educação houve muitas atividades canceladas e usuais convites silenciados.
Às 50 falas de 2017 adito ainda 11 bancas sendo 6 de doutorado e cinco de mestrados. Destas 11: 5 no Rio Grande do Sul, 3 no Amazonas, 1 no Pará e 1 em Santa Catarina e 1 em Bogotá, Colômbia (celebro aqui, esta minha primeira banca no exterior) quando também proferi uma palestra na Universidade Distrital. Vale também registrar, neste 2017, outra estada no exterior: Em Volos, na Grécia, em abril, participei do 9th Mathematics Education and Society Conference (MES9 Conference).
Faço miradas nas 50 falas antes referidas: 18 foram no Mato Grosso em sete cidades diferentes; 13 no Rio Grande do Sul, 4 no Pará, 3 na Paraíba, 2 em cada dos estados de Amazonas, Santa Catarina, Bahia e Goiás; e 1 nos estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo; e uma em Bogotá. Estas 50 falas foram em 23 cidades de 11 estados diferentes. Valeria ter contabilizado o número de voos e a quilometragem rodoviária (bastante significativa) percorrida.
2017 foi o ano do Mato Grosso 18 falas em sete cidades. Uma hipótese: como este estado, mesmo estando na classificação do IBGE na região Centro-Oeste, o Mato Grosso é um dos nove estados amazônicos que pertencem a Amazônia legal que associados por meio de cerca de quarenta de suas universidades e Institutos federais formam a Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática/REAMEC. Em maio dei um seminário de uma semana parte do convênio REAMEC/IFMT. Tenho também dois orientandos de doutorado que são professores da UFMT. A duas cidades (São José dos Quatro Marcos e Araputanga) fui por convite de meu ex-orientando de Mestrado Gedson Kempes.
A partir da 10ª palestra, no dia 11 de maio, no campus da IFMT de Rondonópolis, todas (apenas com exceção de uma no exterior) começaram da mesma maneira: com o punho esquerdo cerrado e levantado, bradava Fora Temer. Não ocorreu uma só vez a situação que não houvesse vibrantes aplausos das mais diferentes plateias.
Agora, há que esperar 2018.  Desejo que neste próximo ano tenhamos a garra e os sonhos dos 18. Expectante!...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

08.- Então... formar-se no Ginásio, era uma solene celebração

ANO
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EDIÇÃO
3328



A data de hoje merece uma menção especial. Não por ser feriado nacional em alguns países (Nossa Senhora da Conceição - Rainha e padroeira de Portugal e de todos os povos de língua portuguesa), estadual e municipal em centenas de municípios brasileiros. A evocação comemorativa, também não é por já ter sido no Brasil dia santo de guarda.
A data é dedicada ao mais polêmico dos quatro dogmas marianos da igreja católica romana: Imaculada Conceição, proclamado em 1854. Dos quatro: o primeiro é da Antiguidade: Maria ser mãe de um Deus (Concílio de Niceia – 325) e o segundo é medieval: virgindade perpétua (Concílio de Latrão – 649); o quarto — assunção de Maria aos céus com corpo e alma foi proclamado em 1º de novembro de 1950. No terceiro dogma — o mais celebrado e o que tem o destaque comemorativo antes referido, há o pressuposto que os pais de Maria (Joaquim e Ana) a conceberam sem a mácula do pecado original, este que ferreteou a todos em consequência do pecado de Eva. E o credo neste dogma é ratificado, quatro anos depois de sua proclamação na aparição de Maria em Lourdes, perguntada a ela quem era, disse: Sou a Imaculada Conceição. Misterium fidei!
Mas, não vou exercitar aqui, uma vez mais a tese: “Religiosos ou não, vivemos em mundo religioso”. Vou atribuir a evocação a seguir a uma mera coincidência que 08 de dezembro de 1957 tenha sido um domingo e não tenha nada a ver com a festa da Conceição.
Passo à recordação pessoal que catalisou o meu teologar acerca do cotidiano: completo hoje 60 anos de formatura no Ginásio. Para fazer a tessitura memorialística do evento revisito os capítulos iniciais de Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto. [Ijuí: Editora Unijui 501p. 2012}
Para evocar esta comemoração jubilar retorno ao ano de 1957, quando ‘me formo’ no Ginásio São João Batista, uma escola marista, em Montenegro. Esta cidade, a 80 km de Porto Alegre, como a maioria das cidades gaúchas só tinha escola pública nos cinco anos curso primária. Os irmãos maristas eram mantenedores de Ginásios em muitas cidades do interior, que eram responsáveis pela educação masculina. A educação feminina, em escolas católicas era feita em redes mantidas por irmãs. As escolas nos cinco anos do curso primário, tanto públicas como privadas, eram mistas. Os colégios luteranos eram mistos. Outras denominações religiosas, além de católicos e luteranos, não tinham presença muito significativa com escolas. Que recorde, não havia, então, Educação Infantil formal. A existência de colégios públicos para formação secundária (quatro do curso ginasial e três do ensino médio) era muito rara nas cidades do interior. No interior as mais usuais possibilidades do ensino médio eram ‘técnico em contabilidade’ e ‘magistério’, nas chamadas Escolas Normais. Esta opção usualmente determinava opções entre homens e mulheres.
Para aqueles que sonhavam ascender à Universidade havia o curso científico (para as áreas das exatas e da saúde) e o curso clássico (para a área das humanas). Estas duas alternativas, então, eram quase exclusivas em Porto Alegre.
Aqui é preciso uma explicação. No começo da segunda metade do século 20, concluir o curso ginasial [neste se ingressava por um exame de admissão, após os cinco anos de curso primário], especialmente no interior, era motivo de solene formatura. Esta se realizava no melhor clube da cidade e na mesa que presidia a solenidade se assentavam além do diretor do Ginásio, do paraninfo e dos professores homenageados, o representante dos pais, o prefeito municipal, o vigário da paróquia, Inspetor Federal de Ensino e comandante do quartel da Brigada Militar.
Na foto, do arquivo pessoal de meu cunhado Otélo Cardoso, que se formou comigo no ginásio, se pode ver, além dos formandos presenças antes referidas.
Formatura no curso ginasial (hoje seria terminar o nono ano do ensino fundamental) merecia até quadro de formatura, que antes de ir para o panteão da escola ficava exposto na vitrine da principal loja da cidade, bem em frente à praça. Não eram poucos os formandos que passavam a ostentar a partir de então anel de grau.
Na minha formatura, além do diploma havia os que ganhavam uma láurea por bom comportamento e em cada uma das matérias [como se chamavam as disciplinas] havia premiação com medalhas acompanhadas de prêmios, geralmente livros doados pelas ‘forças vivas da sociedade’. Sei que recebi três medalhas – fotografias de então mostram que uma menina, talvez de uns seis anos, finamente vestida, trazia as medalhas em uma bandeja, assim como nas Olimpíadas – na memorável noite de 8 de dezembro de 1957. Um das medalhas que recebi foi em canto orfeônico e recordo ainda o comentário do diretor Irmão Luís Benício, de que eu não merecia o prêmio, pois desafinava até o hino nacional; conquistei-a porquê a prova era teórica e eu sabia responder as perguntas do ‘Manual de Canto Orfeônico’ de Luiz do Rego, uma edição FTD. A outra medalha foi de latim. A terceira parece que foi de matemática.
Nunca me esqueço, que uns anos antes de minha formatura, talvez ainda estivesse no primário, quando o meu pai chegou de uma formatura de um filho da D. Adolfina, viúva de um ferroviário colega dele, dizendo que gostaria que um dia um de seus filhos se formasse no ginásio. Todos os sete fizeram isso, quase todos se graduaram na universidade e um deles se fez doutor. Se vivo fosse talvez contasse com orgulho, em 2002, que tinha um filho fazendo pós-doutorado ‘no estrangeiro!’.
Assim, a evocação de sessenta anos de formatura (no ginásio) no dia da Conceição, permitiu uma mirada na Educação de tempos que parecem antanhos até porque a possibilidade de ensino público mudou (e muito, para melhor) mas, neste período corre o risco de um bárbaro retrocesso — o adjetivo foi escolhido judiciosamente — com os ataques que o ensino público superior sofre em consequência de ações praticadas por um governo da República corrupto e ilegítimo.

sábado, 2 de dezembro de 2017

02.- Inhumas e Araruna: com previstos & imprevistos


ANO
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3327


A blogada inaugural às edições de dezembro pode ser considerada um excerto do 'meu diário de bordo' acerca de meus navegares por partes deste imenso Brasil. Narro sucinto relato desta semana que foi sumarenta, mesmo com lamentável imprevisto.
Na noite de segunda-feira houve a penúltima sessão do ano do Fronteiras do Pensamento. Ouvir o britânico Nial Ferguson foi uma experiência muito significativa. Ouvir historiadores sempre é interessante, mesmo que muitas vezes discordemos dos óculos por eles usados para olhar os acontecimentos. A crise da civilização ocidental, particularmente da Europa e também análises sobre os Estados Unidos combalido pelo trafego de drogas foram muito válidas. As especulações de um conferencista ganham outros contornos quando se diz estar ele entre as cem pessoas mais influentes do Planeta.
Já na terça-feira começou uma inusual viagem que ainda se prolonga neste sábado, quando faço este relato diretamente da capital da Paraíba, recém sabendo que a primeira etapa de meu voo foi cancelada.
Então, à madrugada de terça-feira viajei Porto Alegre / Congonha / Goiânia. No aeroporto de Santa Genoveva era aguardado pela professora Maria Angélica, do Instituto Federal Goiás. Ela teve ação decisiva para conseguir ir a Paraíba desde Goiás. Após um café fomos à Inhumas, uma cidade de quase 60 mil habitantes na Região Metropolitana de Goiás. Para tal percorremos em quase 1,5 horas cerca de 40 km de intenso tráfego. Para o almoço Maria Angélica e eu tivemos a companhia Danila, também professora do IFG.
Ao entardecer participei com mais seis autores de uma mesa-redonda acerca de nossas produções literárias. Esta atividade antecedeu a palestra A Ciência é masculina? E, sim senhora! que fiz a atento auditório, que antes aderira ao usual Fora Temer”. Houve ainda uma sessão de autógrafos e muitas fotos. A extensa terça-feira foi concluída com saboroso jantar regado com excelente conversação, com os professores Guenther, Lorenna, Ramon, Danila, Ghesley sobre Educação e seus atuais desdobramentos.
Na manhã de quarta-feira fui ao IFG Campus de Inhumas para autografar alguns livros. Após almocei com um grupo de colegas professores IFG e à tarde ministrei uma oficina envolvendo história da ciência e propostas indisciplinares. Ao final da tarde retornei a Goiânia com  Maria Angélica ficando em hotel próximo ao aeroporto, para no dia seguinte ter facilitada a viagem à Paraíba.
Foi uma noite memorável com a esplendorosa vitória do Grêmio na Libertadores de América. Mesmo sozinho senti-me alegremente irmanado  a irmãos, filhos e a Gelsa, nos comunicando pelo WhatsApp.
A quinta-feira, último dia de dezembro, excepcional, já antes das cinco horas deixava o hotel em Goiânia rumo ao aeroporto Santa Genoveva levado, uma vez mais, pela atenciosa Maria Angélica. Começava então uma viagem extensa: Goiânia / Belo Horizonte / Recife / Campina Grande e desta Metrópole nordestina viajei por, por quase três horas, via rodoviária, à Araruna. Chego mais de uma hora após o início previsto para o curso. Mas entro, imediatamente, em auditório da Universidade Estadual da Paraíba, com cerca de uma centena de alunos e professores participantes da III Semana de Educação Científica e por duas horas mostro como a História da Ciência pode catalisar ações indisciplinares. Após autografar vários livros jantei com os colegas da UEPB Alessandra e Rui. Foram muito bons momentos de gostosas fruições.A seguir tudo que eu queria era dormir; estava cansado.
O primeiro dia de dezembro foi magnífico; pela manhã dei, por cerca de quatro horas, a segunda parte do minicurso, começado no dia anterior, com um sucesso de participação e de discussões. À tarde, depois de ter almoçado no próprio campus da UEPb no Nega Joana fiz a palestra de encerramento do evento: Uma brecha entre o nosso passado e o nosso futuro. Para ler o passado usei Sapiens e para o futuro outro livro de Harari Homo Deus.
Depois de termos mirado o passado e o futuro para espiar a nossa brecha neste presente propus uma reflexiva sinfonia em três movimentos: Primeiro movimento: uma protofonia marcada pela busca da utilidade dos saberes inúteis; Segundo movimento: um adágio acerca das exigências de estar em um (novo) mundo da Academia hoje; Terceiro movimento: um alegro contendo um apetitoso convite para deixar nossa ilha e navegar por outros mares.
Encerrado o evento com muitas despedidas, algumas marcadas pela gostosa sensação de que estávamos juntos há muito. O clima era de gostosa amizade.
Com o professor Altamir, Coordenador Geral do evento viajei à João Pessoa para na manhã de sábado estar mais perto do aeroporto e retornar à Porto Alegre. Na capital, tivemos a companhia da Elan, noiva do Altamir para saborearmos farta porção de meca — peixe que desconhecia.
Na manhã de sábado, às 5h, Elan e Altamir já estavam no hotel para trazer-me ao aeroporto. Ao pretendido check-in soube que o primeiro segmento do voo fora cancelado. Sonhos de chegar se esboroam. Pode haver imprevisto entre os eventos previsto. Esperar é preciso.
Pensava aproveitar as 5 horas de estada no aeroporto de João Pessoa para escrever e postar esta blogada. Ilusão, não havia internet. Fui à Infraero e à Polícia Federal: realmente não havia internet. Procrastino a solução para Belo Horizonte. A viagem de 2,5 h à Capital Mineira foi indormível, pois segundo o Comandante havia muito buraco na estrada.
Assim só à meia tarde posto essa edição.
Viajo às 18h30min para Campinas e devo partir às 21h para Porto Alegre com chegada prevista às 22h40min ou seja mais de 10 horas de atraso.
Ao fim e ao cabo, concluo o quanto foi significativa aditar (= na acepçãp de ser ditoso) Inhumas e Araruna na minha história de professor. Atrasos são usuais. E eles não me fazem encantar-me menos com os homens e mulheres que fazem Educação com os quais convivi nesta jornada. Valeu, mesmo!